tag:blogger.com,1999:blog-24638684.post8223195227655101965..comments2023-06-03T14:19:34.218+01:00Comments on Art Deco: Penrose Fairyland, 1920sUnknownnoreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-24638684.post-18045838991775978552007-01-16T00:11:00.000+00:002007-01-16T00:11:00.000+00:00O motivo porque é moralmente aceitável que uma pes...O motivo porque é moralmente aceitável que uma pessoa recorra ao aborto quando o contraceptivo utilizado falhou, é porque há situações em que se esse método contraceptivo falha a pessoa não tem como saber na hora, e como tal não pode recorrer à pilula do dia seguinte. Se por exemplo a pessoa tiver utilizado um preservativo e este se romper ela dá por isso e pode tomar a pílula do dia seguinte. Mas se por exemplo tiver sido a pílula a falhar é impossível a pessoa dar por isso, até se terem passado algumas semanas e ela compreender que está grávida. <br /><br />Se não tiveres objecções contra a utilização da pílula do dia seguinte então não há motivo para que te oponhas a que se possa abortar dum embrião com poucas semanas, que ainda não tenha apar~encia humana. Se pelo contrário achas que se deve defender a vida desde o primeiro momento da concepção então devias incluir entre as tuas objecções a utilização da pílula do dia seguinte, visto que ela é não contraceptiva mas sim abortiva. <br /><br />Obrigada pelo teu comentário nos meus dois blogues. Se algum dia quiseres comentar no meu blog dedicado ao tema do aborto és sempre muito bem vindo. É o blogue do talvez:<br /><br />http://bloguedotalvez.blogspot.com/Mhttps://www.blogger.com/profile/14679839426291667211noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-24638684.post-30425851865758099912007-01-15T23:14:00.000+00:002007-01-15T23:14:00.000+00:00Cara Mariana, (estou a comentar o teu post, deixad...Cara Mariana, (estou a comentar o teu post, deixado no meu blog faroldodeserto.blogspot.com, lá e em dois blogs teus – desculpa o imediato tratamento por “tu”).<br />A futura lei, se passar no referendo, não vai ser selectiva relativamente às razões dos pedidos de aborto. Quem quiser aborta, não justifica e pode ficar a cobro de anonimato. De qualquer forma, seria muito difícil de aplicar um esquema de selectividade em função dos motivos e dos possíveis cenários de crescimento do bebé, após nascer. Daí que eu defendo que a mãe deveria ter o direito de não querer ter a criança, mas nesse caso deveria ter que entregá-la ao Estado depois de nascer, que a levaria para um casal que quisesse adoptá-la ou para uma instituição), tal como faria se o abandonasse à nascença num hospital.<br />Ao votar “sim”, resolvemos os problemas de quem não tem grandes meios económicos (e dos que também não se estão para chatear com arranjá-los…) e lavamos as mãos do estado, a quem custa muito menos mandar um embrião para o caixote do lixo, do que educá-lo até à vida adulta.<br />Acredito que a maioria das gravidezes indesejadas seja motivada por falhas contraceptivas, mas também acredito que, em quase todas elas, poderia ter havido maior cautela na sua utilização. O sexo deve ser um veículo libertador, um direito e um prazer de qualquer cidadão livre e maduro, mas não pode deixar de ser um acto de responsabilidade. E quando está em causa uma vida ou ma forma de vida… há que ter respeito. Induzir na sociedade que o aborto funciona como um contraceptivo de recurso, à posteriori, é uma crueldade leviana para a espécie humana. E agora, até há a pílula “do dia seguinte”, que não havia no último referendo.<br />Há 8 anos, eu votei “sim”. Agora, temo ser “derrotado” de novo, pois mudei de opinião e vou votar “não”. <br />Ser prático é votar “sim”. Pensando, admito que com algum pragmatismo, que não é possível reduzir drasticamente o número de gravidezes indesejadas, resolve-se a questão dos mais carenciados que se veriam em aflição com uma criança nos braços, mas o injusto é que resolvemos o problema do Estado, que nunca mais se incomoda com o assunto.<br />Pensando bem, ser mais pragmático ainda é votar “não”. Porque assim obrigará o Estado a investir conveniente e finalmente em informação, formação, planeamento familiar, a encarar de imediato a descriminalização das mulheres (não dos médicos e outros intervenientes) e, talvez quem sabe, a pensar se não encontrará sistema para se responsabilizar pela educação das crianças indesejadas por parte dos que realmente não tenham como oferecer meios minimamente dignos para a evolução do novo ser. Utópico, dirão alguns a esta última parte. Realizável, diria eu, desde que os decisores consigam mobilizar o verdadeiro espírito humanista português, que ainda temos.<br />Mariana, só duas pequenas “achegas”: embrião é a forma de vida até aos 3 meses, feto a partir daí. A lei proposta admite abortos livres até aos 2,5 meses, que é mesmo que 10 semanas. E pergunto eu, quem se decidir abortar com 11 ou 12 semanas? Serão assim tão poucos casos? Não vai ter os mesmos exactos problemas? Não vai manter vivo o aborto clandestino que tantos querem abolir?AndRocPinhohttps://www.blogger.com/profile/17535036795403069513noreply@blogger.com